12 dezembro 2014

   "Muitas vezes, não é você. Sou eu. Sou eu desejando amar, implodir o coração que não se cansa de palpitar. Revelar as mal vindas dores que serpenteiam através das gratificantes sensações. Porque, te amar é isso. É dar graças por cada falta de ar ao lhe ver, é não ter vergonha de deixar meus olhos brilharem e o amor que emana de mim se evidenciar. Te amar é apreciar o gosto da negação. É gritar aos setes ventos o quanto não lhe amo e após isso, lhe envolver em meus sonhos. 
   Caso não tenha ficado claro, não é você, sou eu. Sou eu que ao invés de querer ser amada, quero amar. Sou eu que não sei caminhar a dois sem tropeçar, jantar a dois sem se engasgar e amar a dois sem se ralar. Esquecer o recíproco é o há. E o que deveria de haver para ser feliz. Afinal, o ser amada infla meu ego e eu quero na verdade inflar é o teu. Quero continuar simples e ver a felicidade no sorriso do outro ao lhe regar meu amor. Assim, meu sorriso também se expande sem rancor. 
   Talvez, mas bem duvidosamente, possa existir um equilíbrio. Um amor completo. Mútuo. Mas até lá, eu escolho aproveitar o sentimento ao ter que me entregar ao martírio e me flagelar por ter um amor não correspondido. Quando arranjar outra paixão para me ocupar, eu lhe deixo ir. Mas se quiser ficar, prometo me esforçar para deixar você me curar, me estufar de amor e me livrar da dor."

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe sua opinião,é importante para mim.